Minimuseu Firmeza: um lugar que abriga a memória das artes do Ceará
Fundado em 1969, o local atende cotidianamente estudantes, pesquisadores e a comunidade do entorno
Composto por cerca de 500 obras, além de um acervo documental e uma biblioteca com mais de dois mil livros, o Minimuseu Firmeza se constitui, segundo a gestora do local, a historiadora Paula Machado, como um lugar de salvaguarda e comunicação da história e da memória das artes do Ceará.
Ele foi fundado oficialmente em 1969, pelo casal de artistas Nice de Castro Firmeza e Nilo de Brito Firmeza, conhecido como o Estrigas. O casal que transformou a própria casa em museu tinha o objetivo de tornar o espaço um ambiente de preservação e difusão cultural, atendendo uma comunidade artística que havia ficado sem espaço de produção e sociabilidade com o fim da Sociedade Cearense de Artes Plásticas (Scap).
Hoje, Paula explica que o Minimuseu Firmeza é “um importante lugar de pesquisa e fruição cultural e artística e atende cotidianamente a estudantes, pesquisadores e a comunidade do entorno”. Ele é, conforme a Secretaria da Cultura do Ceará (Secult-CE), um dos principais e mais importantes acervos de artes plásticas do Ceará.
Nele, o legado de Nice e Estrigas permanece vivo, por meio das obras deles e de outros artistas como Heloísa Lacava, Zenon Barreto, Aldemir Martins, Descartes Gadelha e Chico da Silva, com exposições de longa duração e temporárias.
As visitas ao museu, localizado na avenida Waldir Diogo, no bairro Mondubim, são gratuitas e podem ser realizadas, de segunda a sábado, das 9h às 16h, mediante um agendamento prévio.
Minimuseu Firmeza foi contemplado no 4º edital Patrimônio Vivo da Secult
Com um projeto, denominado “Projeto Expográfico do Minimuseu Firmeza”, realizado com a autoria da gestora Paula Machado, a casa-museu de Nice e Estrigas foi contemplada no 4º edital Patrimônio Vivo da Secult.
O resultado da seleção foi divulgado em março deste ano, de acordo com Paula, o plano para o local “prevê algumas melhorias na comunicação e salvaguarda no que se refere às exposições”.
O projeto se encontra, atualmente, em fase inicial de execução. Conforme o exposto no edital, o intuito da ação é apoiar financeiramente a realização de projetos de memória cultural, criação, produção, difusão e fruição artísticas.
Ao todo foram selecionados 50 projetos, que receberão um montante total de R$ 3 milhões. Para o Minimuseu Firmeza, escolhido na categoria “Museus”, o repasse será de R$ 50 mil.
Sobre o projeto
O “Cultura em Movimento: Ceará que cria, celebra e contagia” é um projeto do Grupo de Comunicação O POVO com apoio do Governo do Ceará. A proposta é fortalecer o ecossistema cultural e estimular sentimento de pertença do povo cearense. Nesta edição, o projeto passeará, de forma multifacetada, por produções culturais em quatro linguagens artísticas, a saber: audiovisual, arte popular, artes plásticas e música.est
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