Biografia

Não é todo mundo que tem o privilégio de trabalhar com o que se ama, mas Conceição Martins tem. Formada em Direito há 10 anos, utiliza a advocacia para defender mulheres e famílias. Nessa trajetória, a entrega da especialista vai muito além do que se aprende nas teorias e livros. Afinal, Conceição luta, hoje, contra injustiças que ela mesma já enfrentou um dia.

O caminho até encontrar essa vocação foi sinuoso. Aos 16 anos, Conceição prestou vestibular para Publicidade e Propaganda. Em seguida, ingressou em Administração e Marketing, mas se formou em Recursos Humanos. Na época, trabalhava em um escritório de advocacia e sentiu os primeiros chamados à área.

Assim, em 2008, foi a vez de iniciar a graduação em Direito. Já mãe solo, os dias eram ocupados com trabalho, enquanto as noites davam lugar às aulas da faculdade, junto à filha pequena. O começo da carreira foi como advogada consumerista, atuando em defesa de consumidores e fornecedores. Foi quando fez a primeira pós-graduação, em Direito do Consumidor e Responsabilidade Civil.

“No meu primeiro divórcio, em 2006, fui retirada da casa onde morava e agredida fisicamente. Então, decidi que ninguém usurparia meus direitos e que lutaria por mim e minha filha”, relata.

Para completar a virada de chave, em 2017 Conceição passou pelo segundo divórcio. Diante da dificuldade em contratar advogados especializados em Direito de Família e dos valores elevados para lutar por justiça, a decisão era clara: se, no mundo, existe quem vende lenço e quem chora, ela iria seguir a primeira opção.

“A dor me impulsionou a realizar especialização na área do Direito de Família, que concluí em 2018. Dessa forma, me senti capaz de ajudar outras mulheres vítimas de violência patrimonial”, relembra.

Fiel ao objetivo de garantir suporte, empatia e justiça para quem vive o que ela enfrentou no passado, Conceição lidera o escritório CM Advocacia, Consultoria e Mediação, além de ser presidente da Associação Cearense de Advogados de Família (Acaf). “Sem Direito não há justiça, não há luta”, defende.

Os resultados são importantes. Um exemplo foi uma conquista de indenização devido a uma traição considerada vexatória, na qual todos ao redor do caso tinham conhecimento da situação, menos a mulher vitimada. Outro episódio, foi o êxito no bloqueio do passaporte de um devedor de pensão alimentícia, um dos primeiros casos do tipo no Ceará, segundo Conceição. “O que mais quero deixar de legado é a ideia de que as mulheres nunca deixem de lado a luta pelo que é seu”, declara, com satisfação.

CM Advocacia, Consultoria e Mediação

OAB/CE 32.373

Especialidades: Direito da Família, Direito das Mulheres e Direito do Consumidor

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